Na ilustração estão destacadas as constelações do Índio e do Pavão ( Pavo ) |
Dados da constelação:
Abreviatura oficial: Ind
Genitivo usado para formar o nome das estrelas: Indi
Possível de se observar na totalidade entre as latitudes: 15°N – 90°S
Possível de se observar parcialmente entre as latitudes: 43°N – 15°N
Culminação à meia-noite - data em que passa mais tempo visível à noite: 12 Ago
Uma de entre um conjunto de doze constelações modernas introduzidas pelos navegadores holandeses Pieter Keyser e Frederick de Houtman, que cartografaram o céu do hemisfério Sul entre 1595 e 1597, o Índio não é muito fácil de encontrar no céu - pouco extensa e constituída por estrelas pouco brilhantes, exigirá alguma atenção por parte do observador.
Localize-se entre as constelações de Grus e do Triângulo Austral, usando-se como referência a proximidade da estrela mais brilhante da constelação vizinha, Pavo ( o Pavão ).
Não possui qualquer lenda associada, mas presume-se que pretendia representar os povos indígenas recém-descobertos das Américas, designados " Índios " - por Colombo ter pensado que chegara à Índia quando, na verdade, descobrira o continente americano. No entanto, subsistem dúvidas perante a intenção de a constelação pretender ilustrar algum povo indígena em particular ( os índios da Terra do Fogo?... ) ou todos os povos indígenas conhecidos até então, incluindo os habitantes de África, América e nativos insulares de vários locais.
Não possui objectos celestes de particular interesse para o astrónomo
amador.
Embora se possam encontrar algumas galáxias nesta área, todas são de difícil observação mesmo com telescópios de 200 mm.
Localizem-se as estrelas da constelação no mapa:
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Mapa com fundo branco
Se está a fazer observações do céu enquanto consulta esta página, desaconselha-se a visualização do mapa abaixo ( não clique na imagem ); a exposição a uma imagem tão clara fá-lo-á perder temporariamente a adaptação dos olhos à obscuridade, reduzindo a capacidade de distinguir pormenores mais finos. Esta adaptação, com o intuito de obter a melhor visão nocturna possível, é essencial nas observações astronómicas e demora cerca de 20-30 minutos a alcançar. A exposição à luz ( ou a um fundo branco ) reverte o processo de forma imediata, obrigando-o a esperar algum tempo para que os seus olhos se adaptem novamente à obscuridade.
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Estrelas mais notáveis:
- α (Alfa), apesar de hoje em dia ser pouco frequente mencioná-la por qualquer nome próprio tradicional, era conhecida no Séc XVII pelos jesuítas como A Persa, embora se desconheça a razão que terá originado esta associação. É um sistema múltiplo constituído por 3 estrelas distintas que se orbitam mutuamente, bastante difíceis de se observar individualmente através de telescópios amadores, por se apresentarem demasiado sobrepostas umas nas outras. De Magnitude ( global ) 3.1 , o sistema encontra-se a cerca de 101 anos-luz de distância.
- β (Beta), é uma estrela alaranjada de Mag. 3.6 .
- δ (Delta), é uma estrela amarelada de Mag. 4.4 .
- ε (Épsilon), é uma das estrelas mais próximas de nós, a cerca de 11,8 anos-luz. Apresenta uma Mag. de 4.7 e consiste num sistema múltiplo de estrelas ligadas pela gravidade. Este é peculiar, por ser composto por uma estrela principal, bastante parecida com o nosso Sol, orbitada por duas anãs castanhas, classe de estrelas que se caracterizam por não possuírem massa suficiente para provocar a ignição de processos nucleares. Por essa razão, são demasiado " frias " para emitir radiação visível, acabando por se encontrar num estado intermédio entre " estrela " e " planeta " ( gasoso, à semelhança de Júpiter ).
- θ (Teta), é uma dupla física ( a proximidade entre as estrelas que a constituem é real ) de Mag. ( global ) 4.4 , cujas componentes podem ser observadas separadas uma da outra através de telescópios modestos.
Teta Indi ( a estrela da direita não pertence a este sistema ) |
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