Na ilustração vemos as constelações do Índio ( Indus ) e Pavo ( Pavão ). |
Dados da constelação:
Abreviatura oficial: Pav
Genitivo usado para formar o nome das estrelas: Pavonis
Possível de se observar na totalidade entre as latitudes: 15°N – 90°S
Possível de se observar parcialmente entre as latitudes: 33°N – 15°N
Culminação à meia-noite - data em que passa mais tempo visível à noite: 15 Jul
Constelação moderna, Pavo faz parte de um grupo de figuras celestes introduzidas pelos navegadores holandeses Pieter Keyser e Frederick de Houtman, que cartografaram o céu do hemisfério Sul entre 1595 e 1597, na sua maioria representando animais exóticos que encontraram numa expedição às Índias Orientais.
A figura do Pavão é bastante difícil de se reconhecer no céu, por ser constituída, na sua maior parte, por estrelas de fraco brilho - localize-se a Sul do Escorpião, tentando encontrar a estrela mais brilhante ( Alfa ) da constelação de Pavo.
Por ser de origem moderna não possui qualquer lenda associada, mas existe um mito grego que explicava a origem dos desenhos nas penas do pavão:
Conhecido pelas suas infidelidades para com a esposa, Hera, Zeus havia tido um relacionamento com uma ninfa de nome Io. Para proteger Io da fúria de Hera, o líder dos deuses do Olimpo transformou-a numa vaca branca mas, desconfiada, a esposa deixou o mítico guerreiro Argos, cujo corpo estava coberto de olhos, a guardar o animal preso a uma árvore. Zeus pede secretamente a Hermes que tente adormecer Argos tocando flauta e contando-lhe histórias e, contra todas as expectativas, este consegue que Argos feche todos os olhos, pela primeira vez na sua vida e adormeça, aproveitando para matá-lo e libertar Io. Como homenagem ao seu fiel guerreiro, Hera teria colocado, para sempre, os olhos de Argos na plumagem da sua ave de estimação, o pavão.
Objectos celestes mais notáveis:
- NGC 6744 - uma galáxia espiral barrada de Mag. 9.1 , muito difícil de se localizar com telescópios modestos.
- NGC 6752 - um enxame estelar globular de Mag. 5.4 , visível com binóculos.
Localizem-se as estrelas e objectos celestes da constelação no mapa:
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Mapa com fundo branco
Se está a fazer observações do céu enquanto consulta esta página, desaconselha-se a visualização do mapa abaixo ( não clique na imagem ); a exposição a uma imagem tão clara fá-lo-á perder temporariamente a adaptação dos olhos à obscuridade, reduzindo a capacidade de distinguir pormenores mais finos. Esta adaptação, com o intuito de obter a melhor visão nocturna possível, é essencial nas observações astronómicas e demora cerca de 20-30 minutos a alcançar. A exposição à luz ( ou a um fundo branco ) reverte o processo de forma imediata, obrigando-o a esperar algum tempo para que os seus olhos se adaptem novamente à obscuridade.
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Estrelas mais notáveis:
- α (Alfa), tem o nome próprio, inglês, Peacock ( " Pavão " ) ou Eye of the Peacock ( " Olho do Pavão " ). Estas designações foram atribuídas, de forma polémica, pela Royal Air Force na década de 30 do século passado. A comunidade internacional não concordava que uma entidade moderna, nacional, se achasse autorizada a nomear estrelas, enquanto a R.A.F. sublinhava a necessidade de denominar algumas estrelas para facilitar a orientação dos pilotos. É uma dupla física ( a proximidade entre as estrelas que a constituem é real ) impossível de se observar separada nas componentes individuais com instrumentos ópticos. O sistema apresenta como primária ( a mais brilhante das duas ) uma estrela azulada e Magnitude global de 1.9 .
- β (Beta), é uma gigante esbranquiçada de Mag. 3.4 .
- γ (Gama), é uma anã amarelada de Mag. 4.2 , a apenas 30 anos-luz de distância.
- δ (Delta), é uma anã amarelada de Mag. 3.5 , a apenas 20 anos-luz de nós. Devido às suas semelhanças com o nosso Sol e à sua proximidade, é uma das estrelas eleitas pelos astrónomos profissionais na sua busca por planetas semelhantes à Terra.
- η (Eta), é uma gigante alaranjada de Mag. 3.6 .
- κ (Capa), é uma estrela variável cujo brilho se altera ciclicamente entre Mag. 3.9 e 4.8 em apenas nove dias.
- ξ (Csi), é uma dupla física de Mag. ( global ) 4.1 . A separação das duas componentes será difícil de se fazer através de telescópios modestos, devido à proximidade e diferença de brilho entre ambas.
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