Notas a esta ilustração: - A figura apresenta-se rodada 45º no sentido dos ponteiros do relógio relativamente à imagem de localização e mapa publicados mais abaixo neste texto. - A indicação " Macula Magellanica ", refere-se à nebulosa escura do " Saco de Carvão " e não a qualquer uma das " Nuvens de Magalhães " ( galáxias-satélite da Via Láctea ). |
Dados da constelação:
Abreviatura oficial: Mus
Genitivo usado para formar o nome das estrelas: Muscae
Possível de se observar na totalidade entre as latitudes: 14°N – 90°S
Possível de se observar parcialmente entre as latitudes: 25°N – 14°N
Culminação à meia-noite - data em que passa mais tempo visível à noite: 30 Mar
Constelação algo difícil de se localizar, devido a ser pouco extensa e constituída por estrelas não muito brilhantes, podemos encontrar Musca tendo como referência a proximidade do Cruzeiro do Sul.
A sua origem é moderna, fazendo parte do conjunto de 12 constelações introduzidas pelos navegadores holandeses Pieter Keyser e Frederick de Houtman, que cartografaram o céu do hemisfério Sul entre 1595 e 1597, pelo que não possui qualquer lenda associada.
Inicialmente denominada " Apis " ( a " Abelha " ) e posteriormente " Mosca Austral " ( em paralelismo com uma constelação do hemisfério Norte que caiu em desuso, a " Mosca Boreal " ), foi finalmente reconhecida oficialmente sob a designação simplificada " Mosca ".
Objectos celestes mais notáveis:
- NGC 4372 - um enxame estelar globular de Mag. 7.8 , observável com telescópios modestos.
- NGC 4463 - um enxame estelar aberto de Mag. 7.2 , observável com telescópios modestos.
- NGC 4815 - um enxame estelar aberto de Mag. 8.6 , observável, com alguma dificuldade, através de telescópios modestos.
- NGC 4833 - um enxame estelar globular de Mag. 8.4 , observável com telescópios modestos - recomendam-se céus escuros.
- NGC 5189 - uma nebulosa planetária de Mag. 10.3 , também conhecida como Nebulosa Espiral devido ao seu aspecto peculiar, apresentando semelhanças com braços espirais de uma galáxia. A sua observação exigirá telescópios de abertura igual ou superior a 150 mm.
Localizem-se as estrelas e objectos celestes da constelação no mapa:
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Mapa com fundo branco
Se está a fazer observações do céu enquanto consulta esta página, desaconselha-se a visualização do mapa abaixo ( não clique na imagem ); a exposição a uma imagem tão clara fá-lo-á perder temporariamente a adaptação dos olhos à obscuridade, reduzindo a capacidade de distinguir pormenores mais finos. Esta adaptação, com o intuito de obter a melhor visão nocturna possível, é essencial nas observações astronómicas e demora cerca de 20-30 minutos a alcançar. A exposição à luz ( ou a um fundo branco ) reverte o processo de forma imediata, obrigando-o a esperar algum tempo para que os seus olhos se adaptem novamente à obscuridade.
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Estrelas mais notáveis:
- α (Alfa), é uma gigante azulada de Magnitude 2.7 .
- β (Beta), é uma dupla física ( a proximidade entre as estrelas que a constituem é real ) possível de se observar separada nas duas componentes individuais através de telescópios modestos. O sistema apresenta uma Mag. ( global ) de 3.0 .
- γ (Gama), é uma anã esbranquiçada de Mag. 3.9 .
- δ (Delta), é uma anã alaranjada de Mag. 3.6 , a cerca de 91 anos-luz de nós.
- θ (Teta), é uma dupla física facilmente separada nas suas duas componentes individuais através de telescópios modestos. Apresenta uma Mag. ( global ) de 5.0 , já relativamente difícil de se localizar a olho nu em céus com poluição luminosa.
- λ (Lambda), é uma estrela branca de Mag. 3.6 .
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