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terça-feira, 11 de setembro de 2012

Norma ( Régua )


A ilustração mostra a representação original visualizada por Lacaille para a constelação da Régua ( " L'Équerre et La Regle " - O Esquadro e a Régua ). A versão posteriormente oficializada foi alterada, reduzindo as suas dimensões.


Dados da constelação:
Abreviatura oficial:  Nor
Genitivo usado para formar o nome das estrelas:  Normae
Possível de se observar na totalidade entre as latitudes:  29°N – 90°S 
Possível de se observar parcialmente entre as latitudes: 
48°N 29°N
Culminação à meia-noite - data em que passa mais tempo visível à noite:  19 Mai


Constelação difícil de se encontrar, por ser pouco extensa e constituída por estrelas de brilho reduzido, podemos localizar Norma se a procurarmos entre outras mais óbvias como Lupus ( Lobo ) e Escorpião, sendo a proximidade das estrelas mais brilhantes do Centauro uma ajuda igualmente preciosa.


É uma das constelações modernas imaginadas por Lacaille por volta de 1754, com o fim de definir fronteiras mais precisas no céu do hemisfério Sul. Não possui, por isso, nenhuma lenda associada.
Segundo alguns autores, Lacaille imaginou inicialmente uma constelação constituída por " Nível e Esquadro " ( instrumentos de carpinteiro ), mas podemos observar pela ilustração apresentada acima que, na verdade, o " Nível " estava associado por este astrónomo ao Triângulo Austral. Apesar disso, ainda é conhecida por alguns pela denominação " Nível " ou " Esquadro ", embora a designação oficial seja " Norma ", a " Régua ". À semelhança da maioria das constelações introduzidas pelo astrónomo francês, a escolha da figura representada pelas suas estrelas pretendia homenagear os progressos da Humanidade nas Ciências ( ou Ofícios ) e nas Artes.
Norma tem a particularidade de não possuir nenhuma estrela com a designação Alfa ou Beta. Isto deve-se ao facto de, quando as constelações foram oficialmente delimitadas pela I.A.U., as duas estrelas mais brilhantes da constelação imaginada originalmente por Lacaille terem sido colocadas dentro das fronteiras da constelação do Escorpião, com as designações " N " e " H " Scorpii, respectivamente.



Objectos celestes mais notáveis:



- NGC 5946 - um enxame estelar globular de Mag. 9.6 , difícil de se observar com telescópios modestos.
















- NGC 6067 - um enxame estelar aberto de Mag. 5.6 , observável com binóculos.










- NGC 6087 - um enxame estelar aberto de Mag 5.4 , observável com binóculos.
















- NGC 6134 - um enxame estelar aberto de Mag. 7.2 , observável com telescópios de abertura igual ou superior a 150 mm.










- NGC 6164-5 - uma nebulosa de emissão de Mag. 6.7 , associada à estrela HD 148937 ( a mais proeminente de entre todas na imagem, no centro da nebulosa ). O gás que forma a nebulosa é expelido pela estrela, aquecido e iluminado por reacções físicas originadas pela mesma. A HD 148937 está a atingir, com estas reacções, o seu final de vida, preparando-se para explodir numa brilhante supernova, a 4 200 anos-luz de nós. As duas designações independentes, NGC 6164 e NGC 6165, ilustram aquilo que é visível através de telescópios amadores: duas nebulosidades aparentemente não relacionadas entre si, uma a Norte da estrela e outra a Sul. Isto deve-se ao facto da HD 148937 se encontrar no centro, prejudicando a visibilidade e esbatendo a nebulosa na área central. A sua observação pode tornar-se num desafio, mesmo com telescópios de 200 mm - recomendam-se céus escuros e atmosfera estável.


- NGC 6169 - um enxame estelar aberto de Mag. 6.6 , observável com telescópios modestos. Apesar de apresentar um reduzido número de componentes, a sua localização é extremamente facilitada por conter a estrela Miú da constelação, visível no centro do enxame, pelo que este é conhecido popularmente como Enxame Miú Normae.










Localizem-se as estrelas e objectos celestes da constelação no mapa:


Clicar na imagem para ampliar o mapa

 Mapa com fundo branco 

Se está a fazer observações do céu enquanto consulta esta página, desaconselha-se a visualização do mapa abaixo ( não clique na imagem ); a exposição a uma imagem tão clara fá-lo-á perder temporariamente a adaptação dos olhos à obscuridade, reduzindo a capacidade de distinguir pormenores mais finos. Esta adaptação, com o intuito de obter a melhor visão nocturna possível, é essencial nas observações astronómicas e demora cerca de 20-30 minutos a alcançar. A exposição à luz ( ou a um fundo branco ) reverte o processo de forma imediata, obrigando-o a esperar algum tempo para que os seus olhos se adaptem novamente à obscuridade.

Clicar na imagem para ampliar o mapa


 Estrelas mais notáveis:


- γ2 (Gama 2), é uma gigante amarela de Magnitude 4.0 e a estrela mais brilhante da constelação. Não possui qualquer relação com a γ1 ( Gama 1 ), visível no mapa imediatamente do lado direito da γ2, devido à distância real a que se encontram uma da outra, mas ainda são catalogadas como constituintes de uma estrela dupla óptica, cujas componentes se distinguem individualmente a olho nu.
- ε (Épsilon), é uma dupla física ( a proximidade entre as estrelas que a constituem é real ) que pode ser observada separada nas duas componentes individuais com telescópios modestos. Apresenta uma Mag. ( global ) de 5.5 , já relativamente difícil de se localizar a olho nu.
- η (Eta), é uma gigante amarela de Mag. 4.6 .
- ι1 (Iota 1), é uma dupla física de Mag. ( global ) 4.4 , bastante difícil de se observar separada nas componentes individuais com telescópios modestos.
- μ (Miú), é uma das estrelas mais brilhantes ( em termos de Magnitude Absoluta, não de Magnitude Aparente ) da nossa galáxia, uma supergigante azul de Mag. 4.9 a cerca de 4 000 anos-luz de nós.
- R Normae, é uma variável do tipo Mira ( protótipo desta classe de estrelas ), com uma amplitude de brilho entre Mag. 6.5 ( visível com binóculos ) e 14.0 ( visível apenas com telescópios potentes ) em ciclos de cerca de 507 dias. Por não ser visível a olho nu, está assinalada no mapa com um ponto vermelho e textualmente " R ".





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