Página optimizada para ser apresentada com o Chrome. Se usa um browser diferente, poderá encontrar dificuldades na utilização ou visualização de alguns items.
O Internet Explorer é, em particular, conhecido por apresentar problemas e descaracterizar a formatação original dos textos.

sábado, 26 de maio de 2012

Equuleus ( Potro )


Na ilustração vemos as constelações de Pégaso e Equuleus


Dados da constelação:
Abreviatura oficial:  Equ
Genitivo usado para formar o nome das estrelas:  Equulei
Possível de se observar na totalidade entre as latitudes:  90°N – 77°S 
Possível de se observar parcialmente entre as latitudes:  77
°S 87°S
Culminação à meia-noite - data em que passa mais tempo visível à noite:  8 Ago


A figura do pequeno potro celeste é difícil de se localizar, por ser pouco extensa e constituída por estrelas de fraco brilho - procure-se no céu entre Pégaso e a Águia.


A sua origem é algo obscura: o primeiro registo de Equuleus aparece na obra de Ptolomeu, o Almagesto, onde foram compiladas todas as constelações conhecidas dos Gregos clássicos até então. No entanto, ao contrário das outras constelações inventariadas neste livro, não se encontra nenhuma referência a Equuleus em obras clássicas de autores gregos, alguns deles não muito anteriores a Ptolomeu. A teoria de que teria sido o próprio a criar a constelação é algo descredibilizada, pelo facto de se saber que o autor se limitou a reunir conhecimentos de outros, existindo mesmo algumas opiniões formuladas por vários astrónomos ao longo da História, acusando-o de nunca ter feito qualquer observação do céu.
Tende-se a crer, por tudo isto, que a autoria de Equuleus dever-se-á a alguém relativamente contemporâneo de Ptolomeu, eventualmente àquele que é considerado o "pai" da Astronomia como ciência moderna, Hiparco, facto que, todavia, não se conseguiu até à data provar.

A lenda que se associaria a Equuleus é relativamente desconhecida, mas existem algumas referências a Potros na mitologia grega:
Equuleus poderia representar o Potro Celéris, irmão ou filho do cavalo alado Pégaso, oferecido pelo deus Hermes a Castor.
Outra lenda relata o episódio que envolve Hipe, a filha de Quíron, tutor de vários deuses e heróis lendários, representado no céu pela constelação do Centauro. Tendo engravidado de Éolo e não querendo revelar este facto ao seu pai, Hipe fugiu para as montanhas, onde deu à luz a sua filha Melanipe. Envergonhada e continuando a não querer que Quíron viesse a saber de tudo isto, Hipe pediu ajuda aos deuses do Olimpo. Ártemis teria então transformado Hipe num potro, colocando-a no céu escondida atrás da imagem de Pégaso - a constelação consiste apenas na representação da cabeça do Potro, surgindo atrás do corpo de Pégaso.



Não possui objectos celestes de particular interesse para o astrónomo amador.



Localizem-se as estrelas da constelação no mapa:


Clicar na imagem para ampliar o mapa

Mapa com fundo branco

Se está a fazer observações do céu enquanto consulta esta página, desaconselha-se a visualização do mapa abaixo ( não clique na imagem ); a exposição a uma imagem tão clara fá-lo-á perder temporariamente a adaptação dos olhos à obscuridade, reduzindo a capacidade de distinguir pormenores mais finos. Esta adaptação, com o intuito de obter a melhor visão nocturna possível, é essencial nas observações astronómicas e demora cerca de 20-30 minutos a alcançar. A exposição à luz ( ou a um fundo branco ) reverte o processo de forma imediata, obrigando-o a esperar algum tempo para que os seus olhos se adaptem novamente à obscuridade.

Clicar na imagem para ampliar o mapa

Estrelas mais notáveis:


- α (Alfa), tem o nome próprio Kitalpha, de uma expressão árabe que se referia a " parte do cavalo ". É uma dupla física ( a proximidade entre as estrelas que a constituem é real ) cujas componentes se encontram demasiado próximas uma da outra para que seja possível observá-las individualmente com instrumentos ópticos, de Magnitude ( global ) 3.9 .
- β (Beta), é uma anã branca de Mag. 5.1 , a cerca de 100 anos-luz de nós. Apesar de estar catalogada com a 2ª letra do alfabeto grego, é apenas a quinta estrela mais brilhante da constelação.
- γ (Gama), é um sistema múltiplo, possível de se observar separado nas duas componentes principais com telescópios de abertura média. Instrumentos de abertura superior mostrarão 4 estrelas próximas, sendo que uma delas é de natureza apenas óptica ( a sua proximidade com as restantes é fruto da perspectiva ), mas não é um sistema múltiplo muito fácil de se observar, devido ao fraco brilho de algumas das estrelas, aliado ao facto de outras se encontrarem visualmente demasiado próximas. O sistema apresenta uma Mag. ( global ) de 4.7 .
- δ (Delta), é por vezes referida pelo nome próprio, pouco usado, Pherasauval, contracção de uma expressão árabe que significa " o primeiro dos cavalos ". É uma dupla física, cujas componentes podem ser observadas individualmente através de telescópios modestos. Apresenta uma Mag. ( global ) de 4.5 e encontra-se a apenas 60 anos-luz de nós.
Delta Equulei
- ε (Épsilon), é uma múltipla física cuja dupla principal pode ser observada separada nas suas componentes individuais mesmo apenas com uns binóculos. Com telescópios potentes, a mais brilhante do par revela ser, em si própria, uma dupla física. O sistema triplo apresenta uma Mag. ( global ) de Mag. 4.7 .





_____________________________________________________________________________________________

Sem comentários:

Enviar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...