Dados da constelação:
Abreviatura oficial: Sct
Genitivo usado para formar o nome das estrelas: Scuti
Possível de se observar na totalidade entre as latitudes: 74°N – 90°S
Possível de se observar parcialmente entre as latitudes: 86°N – 74°N
Culminação à meia-noite - data em que passa mais tempo visível à noite: 1 Jul
Constelação moderna introduzida pelo astrónomo polaco Hevelius numa obra publicada postumamente ( 1690 ), o Escudo é muito difícil de se localizar no céu, por ser pouco extensa e constituída por estrelas de fraco brilho. Procure-se tendo como referências as constelações vizinhas e mais óbvias da Águia e do Sagitário.
Inicialmente denominada por Hevelius " Escudo de Sobieski ", pretendendo homenagear o seu mecenas e herói da batalha de Viena contra o exército Otomano, o rei polaco Jan III Sobieski - Sobieski financiou a reconstrução do observatório de Hevelius após um incêndio - a constelação foi adoptada pela União Astronómica Internacional sob a designação " Escudo ", apenas.
Objectos celestes mais notáveis:
- M 11 - um enxame estelar aberto de Mag. 5.8 , observável com binóculos. Também é conhecido como Enxame Pato Selvagem, devido à sua semelhança ( quando observado através de telescópios usando baixas ampliações ) com a formação típica em " V " de um bando de patos selvagens em vôo.
- M 26 - um enxame estelar aberto de Mag. 8.0 , observável com binóculos em céus escuros.
- NGC 6664 - um enxame estelar aberto de Mag. 7.8 , observável com telescópios modestos.
- NGC 6712 - um enxame estelar globular de Mag. 8.2 , observável com telescópios modestos.
Na imagem ao lado é igualmente visível, no canto inferior esquerdo, uma nebulosa planetária em tons de azul - consta do catálogo IC ( Index Catalogue - uma extensão do catálogo NGC ) como IC 1295. Esta nebulosa apresenta uma Mag. cerca de 13 e é extremamente difícil de se observar com telescópios de abertura inferior a 200 mm. No entanto, segundo alguns relatos de astrónomos amadores, um telescópio de 150 mm ( ou superior ) e o uso de um filtro UHC ( Ultra High Contrast ) ou OIII ( para o Oxigénio duplamente ionizado ) em céus escuros, conseguirá revelar este objecto celeste.
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Localizem-se as estrelas e objectos celestes da constelação no mapa:
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Mapa com fundo branco
Se está a fazer observações do céu enquanto consulta esta página, desaconselha-se a visualização do mapa abaixo ( não clique na imagem ); a exposição a uma imagem tão clara fá-lo-á perder temporariamente a adaptação dos olhos à obscuridade, reduzindo a capacidade de distinguir pormenores mais finos. Esta adaptação, com o intuito de obter a melhor visão nocturna possível, é essencial nas observações astronómicas e demora cerca de 20-30 minutos a alcançar. A exposição à luz ( ou a um fundo branco ) reverte o processo de forma imediata, obrigando-o a esperar algum tempo para que os seus olhos se adaptem novamente à obscuridade.
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Estrelas mais notáveis:
- α (Alfa), é uma estrela gigante alaranjada de Magnitude 3.9 .
- β (Beta), é uma gigante amarela de Mag. 4.2 .
- γ (Gama), é uma estrela branca de Mag. 4.7 .
- δ (Delta), é o protótipo de uma classe de estrelas variáveis pulsantes ( Variáveis Delta Scuti ) com oscilações de brilho rápidas e complexas, embora de amplitude reduzida, associadas a processos físicos intrínsecos. Apresenta uma Mag. ( média ) de 4.75 .
- ζ (Zeta), é uma gigante alaranjada de Mag. 4.7 .
- R Scuti, é uma estrela supergigante vermelha variável cuja Mag. oscila entre 4.5 ( visível a olho nu ) e 8.3 ( visível apenas com telescópios ) num período de 140 dias. Pode ser encontrada entre a estrela Beta desta constelação e o objecto celeste M 11 - está assinalada no mapa com um " R " vermelho.
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