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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Pyxis ( Bússola )


Na ilustração vemos o desenho imaginado por Lacaille para a constelação da Bússola, aqui denominada " Pyxis Nautica "


Dados da constelação:
Abreviatura oficial:  Pyx
Genitivo usado para formar o nome das estrelas:  Pyxidis
Possível de se observar na totalidade entre as latitudes:  52°N – 90°S 
Possível de se observar parcialmente entre as latitudes:  72
°N 52°N
Culminação à meia-noite - data em que passa mais tempo visível à noite:  4 Fev


Pyxis é uma das constelações modernas introduzidas por Lacaille em 1754, aquando da sua estadia na Cidade do Cabo com o objectivo de cartografar o céu do hemisfério Sul.
As figuras escolhidas pelo astrónomo francês, para representar estas novas constelações, pretendiam homenagear os progressos da Humanidade nas Artes e Ciências, pelo que na sua maioria estão associadas a instrumentos desta natureza.
Argo Navis - clicar para ampliar a imagem
No caso da Bússola, as estrelas que a constituem faziam parte do mastro da antiga Argo Navis, desmembrada em três outras posteriormente oficializadas pela União Astronómica Internacional: Popa, Quilha e Vela. Devido à proximidade destas figuras que completam o desenho de um Navio, Lacaille escolheu uma Bússola para representar a nova constelação, em referência à sua utilidade para os marinheiros. De entre todas as que pertenciam à antiga Argo Navis, a Bússola é a única cujas estrelas foram individualmente associadas por Lacaille a letras do alfabeto grego ( classificação de Bayer ), tendo mantido as denominações antigas nas outras 3. Por este motivo, a catalogação das estrelas na Quilha, Popa e Vela continua a considerar a constelação ( em desuso oficial ) de Argo Navis como um todo. Assim, encontramos a Alfa e a Beta na Quilha, mas a Gama e a Delta localizam-se na Vela, a Eta na Quilha, a Zeta na Popa, e por aí fora. A Bússola, pelo contrário, possui a sua própria Alfa, Beta e Gama.
É uma constelação muito difícil de se observar, por apresentar dimensões reduzidas e ser constituída por estrelas pouco brilhantes, mas pode ser localizada a meio caminho entre a constelação do Cruzeiro do Sul e a estrela Prócion ( do Cão Menor ) ou, tendo-se encontrado a Popa, procurá-la a Este desta última.
Devido à sua origem moderna, não possui qualquer lenda associada.





Objectos celestes mais notáveis:



- NGC 2613 - uma galáxia espiral de Mag. 10.4 , observável através de telescópios com abertura superior a 150 mm.











- NGC 2627 - um enxame estelar aberto de Mag. 8.4 , difícil de se localizar com telescópios de abertura reduzida. Na imagem ao lado o enxame encontra-se no canto inferior direito.
Note-se que na fotografia podemos observar igualmente as duas componentes que formam a estrela dupla ζ (Zeta) Pyxidis ( a melhor referência para se encontrar o enxame estelar ) - no canto superior esquerdo, a estrela mais proeminente de toda a imagem, com uma companheira muito próxima e igualmente brilhante, mas de dimensões mais reduzidas.





- NGC 2818 A + NGC 2818 - um enxame estelar aberto ( NGC 2818 A ) com uma nebulosa planetária associada ( NGC 2818 ). O enxame de estrelas apresenta uma Mag. de 11.9 , pelo que é visível apenas através de telescópios com abertura igual ou superior a 200 mm, mas a nebulosa pode ser localizada com instrumentos de abertura inferior. Apresenta uma Mag. de 8.2 , difícil ( mas possível ) de se observar com telescópios modestos. Localiza-se usando a proximidade da estrela " k " da constelação vizinha da Vela.






Localizem-se as estrelas e objectos celestes da constelação no mapa:


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 Mapa com fundo branco 

Se está a fazer observações do céu enquanto consulta esta página, desaconselha-se a visualização do mapa abaixo ( não clique na imagem ); a exposição a uma imagem tão clara fá-lo-á perder temporariamente a adaptação dos olhos à obscuridade, reduzindo a capacidade de distinguir pormenores mais finos. Esta adaptação, com o intuito de obter a melhor visão nocturna possível, é essencial nas observações astronómicas e demora cerca de 20-30 minutos a alcançar. A exposição à luz ( ou a um fundo branco ) reverte o processo de forma imediata, obrigando-o a esperar algum tempo para que os seus olhos se adaptem novamente à obscuridade.

Clicar na imagem para ampliar o mapa

Estrelas mais notáveis:


- α (Alfa), é uma estrela branco-azulada de Magnitude 3.7 .
- β (Beta), é uma gigante amarela de Mag. 4.0 .
- γ (Gama), é uma gigante alaranjada de Mag. 4.0 .
- ζ (Zeta), é a mais célebre estrela dupla da constelação, neste caso de natureza física ( a proximidade entre as constituintes é real ). Apresenta uma Mag. ( global ) de 5.0 e pode ser observada separada nas duas componentes individuais com telescópios modestos. Veja-se este sistema duplo na imagem referente ao objecto celeste NGC 2627, publicada mais acima.





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